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A mostrar mensagens de julho, 2008

Música e Bilinguismo I

[estou a ouvir “Tout l’or des Hommes”, Céline Dion] Há já algum tempo que tenho uma dúvida existencial sobre a minha preferência por cantores francófonos… No caso dos cantores bilingues (sobretudo os canadianos ou de influência canadiana), sempre preferi as respectivas discografias francófonas. Os exemplos mais ilustrativos são, obviamente, Céline Dion e Lara Fabian, que foram catapultadas para a fama internacional graças às suas músicas em inglês. Lembram-se certamente do sucesso do álbum “A new day has come”, para a primeira, e do álbum “A wonderful life”, para a segunda. Ou de músicas avulsas como “My heart will go on” ou “Love by grace”. Conhecendo eu a outra face da moeda, nunca entendi! Acompanho a carreira (francófona!) da Céline Dion desde o velhinho Festival da Canção de 1988 (“Ne partez pas sans moi”). Além da “Pour que tu m’aimes encore”, a única que teve algum êxito além-fronteiras francófonas, músicas como “Tout l’or des hommes”, “Ziggy”, “L’amour existe encore”, “Contre n

Suzanne Vega

[estou a ouvir “The Queen and the Soldier”, Suzanne Vega) No passado dia 9 de Julho, fui assistir ao concerto da Suzanne Vega no Teatro Municipal da Guarda, durante o qual a cantora norte-americana apresentou o seu último álbum, o “Beauty & Crime”. Este álbum, o oitavo da cantora, arrecadou este ano o Grammy para Melhor Produção (não clássica), e tem como inspiração a cidade de Nova Iorque. Com 20 anos de carreira, são sobejamente conhecidos os dotes vocais de Suzanne Vega, pelo que é desnecessário fazer considerações a esse propósito. Muito além da sua melodiosa voz de menina que nos lembra incrivelmente a nossa Mafalda Veiga, o que mais impressiona nesta cantora é a sua invulgar capacidade de contar histórias! Depois da popular “Luka”, sobre violência infantil, e da contagiante “Tom’s dinner” («tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-ru, tu-tu-tu-tu-tu-tu-ru…»), Suzanne Vega dedica agora duas músicas aos ataques terroristas do 11 de Setembro: a "Angel's Doorway" que descreve a espera

Breve Historial Vocal ou Porque decidi criar este Blog

[estou a ouvir “Love is Stronger than Pride”, Shade] Lembro-me de ter uns 5 ou 6 anos e de assistir aos ensaios do meu pai, lembro-me de ficar na primeira fila, junto ao palco… Lembro-me das longas viagens de carro entre a França e Portugal, das cassetes a tocar, das cantorias a três… Lembro-me das primeiras actuações nos bailes de finalistas, no liceu… Dos ensaios de garagem dos “Uptown Band” (a banda da cidade alta…) na Guarda… De animar a minha despedida de solteira num bar de Karaoke, no Porto… Bref, sou mais uma entre muitas que passam a vida a cantar. Sou muito “vocal”. Canto, rádio, locução, a voz sempre foi para mim um trunfo. Tinha um professor de simultânea na faculdade que costumava dizer: «A Ana pode dizer os disparates que quiser, ninguém dá conta!». Acabaria por fazer da voz o meu principal instrumento de trabalho: sou Intérprete de Conferência. Tudo não passaria de uma história banal, se… não tivesse perdido a VOZ! Em 2002, na sequência de um serviço de interpretação de