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A mostrar mensagens de setembro, 2008

Sheryl Crow e Lullabies

[estou a ouvir “Strong enough”, Sheryl Crow] Um amigo enviou-me esta pérola (vídeo abaixo) da Sheryl Crow. É parte integrante do último trabalho da cantora, o álbum “Detours” (2008). Óptima combinação: a voz melodiosa de Crow e uma Lullabye. Sempre gostei de Lullabies. Quando a minha filha nasceu, comprei um CD chamado “Nature’s Lullabies”, um misto de sons da natureza com voz e guitarra acústica de Kathy Thompson. Delicioso! A pequenita adorava! Hoje, continuo a ouvir o CD frequentemente nas minhas sessões de meditação. Esta música, Lullabye for Wyatt, terá sido escrita para o seu filho adoptivo com Lance Armstrong. É incrível o que os nossos rebentos podem inspirar! É sabido que Sheryl Crow tem passado por momentos menos bons: a ruptura com Lance Armstrong, o cancro da mama, etc., mas voltou em força! Esta é para a minha amiga Phil.

Concerto de Madonna

[estou a ouvir “Frozen”, Madonna] Até ontem, não conseguia explicar objectivamente porque gosto de Madonna. À primeira vista, não tem muito a ver comigo: não tem uma voz excepcional e eu gosto de vozes excepcionais. Contudo, à excepção do último trabalho que não me diz muito, a verdade é que sempre gostei de Madonna e, como tal, fiz questão de marcar presença no Parque da Bela Vista, no passado Domingo. Digo de passagem que não sou muito apologista dos concertos “ao ar livre”. Não sei se por questões acústicas, de logística ou outras, a verdade é que prefiro os concertos em recintos fechados. Lembro-me que, por volta dos meus 16, 17 anos, era fã incondicional dos Madredeus. Até assistir a um concerto deles ao ar livre… Vou saltar a parte do espectáculo, inegavelmente fantástico, e da minha admiração pela mulher de 50 anos que salta à corda em palco como uma teenager de 12. Muito se tem dito sobre isso nos últimos dias. Pessoalmente, teria escolhido um alinhamento diferente. Ficaram de

A Glória de Kubrick e a Voz Feminina

[estou a ouvir “Caro mio ben”, Cecilia Bartoli] Há dias revi o clássico de Stanley Kubrick, “Horizontes de Glória” (The Paths of Glory, 1957). Embora qualquer semelhança com o mais recente (e último) “De Olhos bem Fechados” seja mera coincidência, temos de admitir que, para um filme daquela época, com os recursos existentes, a genialidade de Kubrick já lá estava. A estratégica escolha de Kirk Douglas para papel principal, o chocante realismo das trincheiras entre corpos estropiados e olhares parados, o fim inesperado… Aliás, levei um certo tempo a entender o fim… O filme, que retrata a hipocrisia do universo militar da 1.ª Guerra Mundial, tem um final “infeliz”, por oposição a “final feliz”, mas “feliz” porque bem conseguido. Depois do fuzilamento de 3 soldados franceses, escolhidos para bodes expiatórios (na sequência do fracasso da tomada aos alemães da Colina das Formigas), os seus companheiros de armas, reunidos na caserna, rematam a cena final, de lágrimas nos olhos, comovidos pel