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A mostrar mensagens de agosto, 2009

«A vida é uma escalada, mas a vista é bela!»

Fui hoje ao cinema com a minha filha ver o último Hanna Montana. Não que fizesse questão de ver, mas… Sim, é verdade, assumo: não sou mãe-galinha, mas ainda não deixo a rapariga ir ao cinema sozinha… É a chamada síndroma Maddy McCain. Nem vou perder tempo com o filme, é a americanice do costume… Contudo, e porque ando sempre à caça de vozes femininas que possam despertar um qualquer tipo de sentimento, brando ou profundo, detive-me por segundos na voz da tal Miley… E não é que a rapariga canta bem?! Deixo-vos com a música-âncora do filme, sob o mote que dá o título a este post.

Tonya Baker: a voz divina

Este ano, não podia deixar passar a oportunidade: já seria a terceira vez que falharia La Nuit du Gospel, em Biarritz. Não há desculpas, até estamos hospedados num hotel da Place Sainte Eugénie, bem no coração da cidadezinha basca, e a “cabeça de cartaz” é imperdível: Tonya Baker. Todos os anos, e pelo 7.º ano consecutivo, a produtora LMI leva a 100 cidades francesas La Nuit du Gospel, dando a conhecer o melhor do Gospel americano. Este ano em Biarritz coube a vez a Tonya Baker a aos The Divinity Gospel Singers. O local é igualmente emblemático: a imponente igreja de Sainte Eugénie, defronte para o mar e para o Rochedo da Virgem. Foi a minha estreia num concerto de Gospel ao vivo. As minhas referências eram eminentemente televisivas e estandardizadas. Estava à espera de ver o altar invadido por duas ou três dezenas de embatinados negros… Enganei-me. Entraram 3 músicos: teclas, percussão e viola. Entrou a elegantíssima Tonya Baker no seu normalíssimo, mas não menos elegantíssimo, vestid

Piaf pós-operatória

Levantei-me com náuseas e irritada. «Estou farta», pensei. Não tenho perfil de prima-dona e muito menos de zombie. Levantei-me, fui à cozinha, fiz o meu chá de sementes de funcho para ver se ponho o intestino a funcionar (aquele xarope laxante que o médico receitou é intragável e provoca umas cólicas insuportáveis…), e tomei algumas resoluções: 1. Mandar a medicação às urtigas (só tomo o anti-inflamatório, não vá o diabo tecê-las…), 2. Sair de casa e 3. Pôr a leitura e a escrita em dia (so many things to read, so many things to write!). Uma rápida pesquisa na Net e a decisão estava tomada: «É isso mesmo, Piaf!». E lá fui eu, bem devagarinho, à matinée do Politeama. Não tive direito à Wanda Stuart, mas a interpretação da Sónia Lisboa é excelente: a forma como ela encarna o processo de envelhecimento e decadência de Edith Piaf é notável. A voz, embora sem semelhante, é potente e transmite na perfeição o escárnio da mulher vivida e dorida. A interpretação da Noémia Costa é brilhante. Os c