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A mostrar mensagens de abril, 2011

Cartas de Amor

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Acabo de ler as Cartas de Amor de Pablo Neruda. Uma recolha da D. Quixote das cartas que o autor escreveu entre 1950 e 1973 a Matilde Urritia. A organização está interessante: vai do arrebatamento da paixão inicial ao amor amadurecido dos últimos anos, já saído da clandestinidade. Contudo, não sei se por ter partido de expectativas demasiado elevadas, se por ter embirrado com a tradução, esperava mais… Ainda assim, teve uma certa piada voltar a este “registo”. Afinal, ainda alguém escreve cartas de amor? Daquelas escritas em taquicardia, em papel (= fibras de celulose) e com caneta (BIC, Monblanc, pouco importa desde que seja caneta)? Cartas movidas pelo ímpeto incontrolável do agora ou nunca, escritas de um trago, na urgência da remissão… Não creio. Ficará uma falha aberta na educação emocional das gerações “SCE” (= SMS/Chat/E-mail)… Será que o sinal da SMS tem a mesma força do bilhetinho colocado na mochila? Que os pseudodiálogos povoados de abreviaturas e caracteres únicos têm o mes