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A mostrar mensagens de setembro, 2014

Um sentido de estar

Hoje, estive contigo, depois de tantos anos… Quando imaginava esse potencial momento, imaginava-o mais difícil, mais tenso. Uma quase impossibilidade… Mas não foi assim. Os reencontros nunca são como nós os imaginamos… Não escolhi a melhor combinação do meu armário. Não fui ao cabeleireiro. Não ensaiei nenhum guião. Estivemos. Simplesmente. Respirei fundo e entrei na pastelaria à hora combinada. Vi-te de imediato. Não fiz qualquer tipo de constatações. Estarias mais velho? Mais gordo? Com menos cabelo? Nem sei. Estavas… apenas. Confesso que, numa fração de segundos, tive vontade de te abraçar. Mas, pela primeira vez na história da nossa estória, havia um cenário, figurantes e ponteiros de relógio. Pouco lembro das palavras que trocámos. O essencial foi comunicado com o olhar, alguns gestos inquietos, sorrisos esboçados, ténues… Em que momento da nossa história nos largámos da mão? Que palavras foram ditas? Que silêncios cortaram? Que ações foram julgadas?