Desencanto



Li o título e interpretei-o como uma provocação. The Subtle Art of Not Giving a Fuck
Não é extraordinário, mas está bem escrito, é honesto e gosto do estilo humorístico do autor. Também teve o mérito de me pôr a refletir sobre uma questão que tem vindo a “incomodar-me” nos últimos tempos: o meu “desencanto” com o Desenvolvimento Pessoal.
Digamos que já experimentei algumas abordagens, já li uma boa série de livros e fiz uma boa dezena de formações na área do dito Desenvolvimento Pessoal. Conheci pessoas sérias e credíveis, com provas dadas e recebidas, que, de alguma forma, nos vão servindo de inspiração ou referência. Mas também já conheci autênticas fraudes, comunicadores motivacionais desonestos e formadores de pseudométodos que se tomavam por iluminados…
De ambos os lados, chego quase sempre às mesmas conclusões: os efeitos são efémeros, as ressacas (da falta dos efeitos) são duras e só podes contar com a tua própria pessoa, pois, em última análise, o Desenvolvimento Pessoal é um negócio como outro qualquer.
Se tivesse de extrair duas palavras-chave deste livro, as mesmas seriam “commitment” e “death” (isto soa melhor em Inglês):
- O compromisso para com o nosso “eu”, o nosso destino, a responsabilização pelos atos que cometemos, a nossa escolha nas diversas alternativas qua a vida nos propõe e a forma como interpretamos e reagimos às adversidades.
- A consciência permanente de que a nossa existência é finita leva-nos a saborear melhor cada acontecimento e a aproveitar mais as oportunidades.
Venham elas! As batalhas, as montanhas, as lutas, a consciência da morte.

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