Simplifica-te!
Ultimamente, os livros vêm ter comigo de uma forma enigmática.
Aqui está outro livro que, à partida, só pelo título e pela
breve apresentação, não leria. Contudo, foi-me sugerido por uma amiga do coração
(obrigada, Edna!) de uma forma tão entusiasmada que lhe atribuí o benefício da
dúvida.
A minha primeira constatação é de que está muito bem
escrito. No que diz respeito ao Português… Sem atropelos sintáticos, erros
ortográficos ou clíticos mal colocados. Meio-caminho andado para me conquistar.
E é despretensioso… como o título indica.
A autora, Rute Caldeira, utiliza uma técnica que eu aprecio
de sobremaneira: o storytelling. Todo
o livro é uma recolha de estórias: as da Rute, na primeira pessoa, e as dos
seres de luz que se atravessaram no seu percurso. É impossível não nos
identificarmos com uma ou parte de outra. Garantia de rapport estabelecido.
Do livro, retenho as seguintes ideias fortes:
- Amar alguém não é sinónimo de autoanulação ou anulação do
outro. Quando cuidamos do outro estamos a cuidar de nós mesmos e vice-versa.
- O tempo é um recurso endógeno e a sua utilização / aplicação
deve começar em nós. Aprecio particularmente esta passagem: “A nossa alma
adoece quando não temos tempo para os sonhos.”
- Deves ser a tua própria prioridade. Não se trata de
egoísmo. Trata-se de mestria. Deves estar atento a ti próprio acima de tudo,
respeitar-te e cuidar-te. Só assim poderás ter uma relação de amor e respeito
com os outros.
E porque ainda acredito… no amor, no tempo, no outro…
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