Sobre a responsabilidade de sermos felizes



Não é a primeira vez que escrevo sobre um livro do Luís Portela. Com este seu último Da Ciência ao Amor, confirmo que, para mim, Portela é um dos melhores autores portugueses sobre desenvolvimento pessoal (não sei se o autor gostaria desta catalogação…).
Há conceitos muito poderosos neste livro, conceitos que nos levam à reflexão da responsabilidade que temos sobre a nossa felicidade.
O primeiro (e não tenho a pretensão de elencar prioridades) é a necessidade de assegurarmos a nossa higiene mental. A quase-obrigatoriedade de pararmos para fazermos balanços de vida, para dedicarmos alguns minutos do nosso dia à introspeção, para nos autoconhecermos.
Uma ideia que se repete ao longo desta reflexão é a da força do pensamento; uma força que acaba inevitavelmente por formatar o que nos acontece a seguir. Contudo, o autor insiste de diversas formas sobre o livre-arbítrio que igualmente temos de escolher os pensamentos que queremos, de selecionar os construtivos e rejeitar os destrutivos.
E esse livre-arbítrio leva-nos, afinal, ao cerne da questão: à responsabilidade que temos sobre não só os nossos pensamentos, como também sobre as palavras que proferimos (e que também têm força), as nossas atitudes, as nossas ações (ou falta delas).
Em última análise, tudo o que nos acontece tem uma causa e essa causa é da nossa responsabilidade. O acaso não existe.
Portela gasta também alguma tinta com a questão da aceitação, da tolerância vis-à-vis do outro, inclusive do outro que nos agride. Mas não, não se trata de dar a outra face, mas antes de perceber (pela tal introspeção) o que é que em nós despoletou a agressão do outro e corrigir, porque somos responsáveis… em última análise.
E também somos responsáveis pela evolução do Todo, pela evolução do universo. Porque ao trabalharmos na nossa própria evolução, despoletamos essa outra evolução universal, pelo exemplo.

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