Diálogo com o irmão que não tive (II)


« Tout l'or des hommes ne vaut plus rien, si tu es loin de moi »

- Crescemos com medo dele. As deferências que lhe eram dispensadas resultavam do seu caráter rígido e inflexível. Nem sempre advinham do reconhecimento ou do respeito. És muito diferente.
- Hoje penso que lhe quis mostrar que era possível chegar lá por outro caminho, dando espaço aos outros. Mas não fui bem sucedida.
- Não foste?
- Vivi rodeada de homens dominantes, que subjugavam a seu bel-prazer. Não deveriam eles ser as minhas influências?
- Ou, pelo contrário, aquilo de que foges. Repito: és muito diferente.
- Fui à arca da herança buscar o que me convinha?
- Porque não? Não é a isso que chamam de livre arbítrio?
- Perspetiva animadora…



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