Ana, a Doadora

De uma forma ou de outra, os livros – ficcionais ou não – levam-nos a viajar e a refletir sobre um certo número de temáticas. Contudo, são raros os que têm o mérito de nos pôr a pensar criticamente sobre nós próprios. Não foi difícil encontrar o meu perfil de doadora, logo nas primeiras páginas. Antes de fazer o teste online que Adam Grant sugere, já tinha uma noção clara do peso que o meu lado “giver” tem sobre o tomador e o compensador. Desde que me identifique com os seus valores, a pertença a um grupo sempre foi de extrema importância para mim: contribuo com o meu trabalho, o meu tempo, coordeno, mentorizo e nunca frustro as expetativas dos meus pares. Depois de elencar os benefícios de se ser doador, o autor chama duramente a atenção para os perigos: exaustão, desilusão, a frustração de nunca chegar ao topo… Mais uma vez, encontrei-me… O desafio é então o de encontrar o sempiterno equilíbrio. Ser-se doador, sim, ma non troppo . Há que abrandar o ritmo, e jamais – ...