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A mostrar mensagens de junho, 2009

On a plain

Conheci a Ana Martins através da escrita, no projecto Páginas Lentas. Quer queiramos, quer não, que o tentemos ocultar ou não, a escrita sempre vai revelando alguns aspectos de nós, e eu simpatizei com a Ana. O Páginas Lentas, com o aporte de sangue novo de outros quadrantes, acabou por dar lugar a algumas sinergias interessantes. Uma delas é o grupo de teatro Ort do qual eu e a Ana fazemos parte. Por essa altura, ouvi dizer que a Ana era vocalista de uma banda: os On a plain. Coincidência das coincidências, e porque – como a própria gosta de dizer – “o mundo é do tamanho de uma ervilha”, a Ana é tia de uma amiguinha da minha filha e foi lá um dia destes à escolinha onde acabou por distribuir uns CD autografados… Bem, o que descobri a partir daqui é absolutamente surpreendente. Pesquisa puxa pesquisa, site para aqui, youtube para ali, rendi-me completamente! Amizade e simpatia à parte, a Ana e os On a Plain são uma banda e peras: têm estilo e ritmo, presença de palco, e… a voz da Ana é

Continuidade...

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Um ano. A mais. A correr. Tudo na mesma. Para o bem. Para o mal. Um ano. As mesmas rugas de expressão. O mesmo peso. O mesmo cabelo branco. Perdido. Só. A mesma aversão pelos cortes de cabelo. Um ano. A lutar. Contra o tempo que escasseia. Contra a impotência. A minha e a dos outros. Contra o tumor benigno que incomoda. Contra a lista dos livros que quero ler. Um ano. E continuo… Obcecada pela ordem, pela simetria. Na estante, na secretária, no carrinho das compras. A tentar reciclar-me meditando. Um ano. E continuo… A chorar os meus avós, a minha infertilidade. A celebrar a minha mão-cheia de amigos, A saúde da minha família, A sorte de amar esta labuta. Os bons livros, a boa música, as boas vozes. Continuo por cá.