A Procura

Fui hoje à procura de um estado de alma.
Procurei-o a duzentos quilómetros de casa, por entre sólidos geométricos.
Como se a distância mo trouxesse de volta,
Como se o palpável mo tivesse guardado.
Durante a busca, perdi a noção do perdido,
Achei a noção do novo achado.
Que procuro eu afinal?
Quanta ambiguidade!
Quero encontrar, não quero encontrar,
Procuro, não procuro,
Ilusão, desilusão.
Ora me concentro na procura,
Ora me distraio nas conquistas dos novos achados.
Conquistas que me afastam, cada vez mais,
Do procurado estado de alma.



C'est la saison des pluies
La fin des amours
Ainsi sous la véranda je regarde pleurer
Cet enfant que j'ai tant aimée
C'est la saison des pluies
L'adieu des amants
Le ciel est de plomb il y a de l'humidité dans l'air
D'autres larmes en perspective
Le temps était de plus en plus lourd
Et le climat plus hostile
Il fallait bien que vienne enfin
La saison maussade
C'est la saison des pluies
La fin des amours
J'ai quitté la véranda et me suis approché
De celle que j'ai tant aimée
C'est la saison des pluies
L'adieu des amants
Un autre viendra qui d'un baiser effacera
Le rimmel au coin de ses lèvres

Comentários

Rita disse…
A certa altura da minha vida, escrevi o seguinte: "Encontrei sem procurar o que não queria achar." Não me lembro do que escrevi depois, não sei onde coloquei esse livrinho de estados d'alma...
O certo é que já lá vão quatro anos e, de vez em quando, emcontro-me perdida no meio de tantos pensamentos, que eu achava perdidos para sempre...

Adoro-te, minha querida "recente" amiga!
Ana Bela Cabral disse…
De uma forma ou de outra, a procura e a perda vão estando sempre presentes nas nossas vidas, Amiga. Uma e outra, à sua maneira, são condicionantes: condicionam a nossa forma de ver a vida e a forma como os outros nos olham... Essas duas visões nunca são coincidentes.
Também te adoro, querida amiga que, parece, conheço há muitos anos!

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