Teoria da Viagem
No ímpeto de vir à superfície respirar ar renovado e sair das profundezas inebriantes do 2666, li a Teoria da Viagem – Uma Poética da Geografia, do Filósofo francês Michel Onfray.
Por circunstâncias que já se tornaram habituais, li o pequeno livro entre duas viagens, uma de ida e outra de volta. Ler um livro sobre a viagem numa viagem, nada de mais apropriado: dá-nos a ocasião de estar em contacto directo com a matéria de estudo e depura as nossas reflexões.
Curiosamente, esta leitura-intermezzo não me trouxe grandes respostas, mas teve a virtude de me pôr a pensar no sentido das inúmeras viagens que tenho feito por este mundo fora. Não tenho cidades/cidadãos, museus, monumentos, gastronomias, tradições, paisagens favoritos, e não tenho jeito nenhum para escrever sobre as minhas viagens… Mas tenho um acervo de flashes, episódios, detalhes, olhares, cores, impressões que nunca mais acaba.
Fiquei com duas certezas: sou irremediavelmente nómada e, como a maioria dos viajantes, consciente ou inconscientemente, ando à minha procura extra-muros.
Continuo com as mesmas dúvidas: o que sou e aonde pertenço? (luso-francesa ou franco-portuguesa? Beiraltina minhota ou minhota beiraltina?) O que trago dessas viagens? É possível um regresso incondicional? Que as dúvidas permaneçam!
Afinal, tenho mais uma certeza: nunca caí no deslumbramento ingénuo face ao estrangeiro e o regresso a casa tem sempre um sabor especial.
Por circunstâncias que já se tornaram habituais, li o pequeno livro entre duas viagens, uma de ida e outra de volta. Ler um livro sobre a viagem numa viagem, nada de mais apropriado: dá-nos a ocasião de estar em contacto directo com a matéria de estudo e depura as nossas reflexões.
Curiosamente, esta leitura-intermezzo não me trouxe grandes respostas, mas teve a virtude de me pôr a pensar no sentido das inúmeras viagens que tenho feito por este mundo fora. Não tenho cidades/cidadãos, museus, monumentos, gastronomias, tradições, paisagens favoritos, e não tenho jeito nenhum para escrever sobre as minhas viagens… Mas tenho um acervo de flashes, episódios, detalhes, olhares, cores, impressões que nunca mais acaba.
Fiquei com duas certezas: sou irremediavelmente nómada e, como a maioria dos viajantes, consciente ou inconscientemente, ando à minha procura extra-muros.
Continuo com as mesmas dúvidas: o que sou e aonde pertenço? (luso-francesa ou franco-portuguesa? Beiraltina minhota ou minhota beiraltina?) O que trago dessas viagens? É possível um regresso incondicional? Que as dúvidas permaneçam!
Afinal, tenho mais uma certeza: nunca caí no deslumbramento ingénuo face ao estrangeiro e o regresso a casa tem sempre um sabor especial.
Comentários
Beijo, Amiga!