Bendito GPS

 

250 km à chuva e o raio do GPS prega-me uma partida. Estava à espera que ele me mandasse para a CREL e ele decide que tenho de ir até à capital e percorrer o velhinho IC19. Como sempre, faço-lhe a vontade.

Entro no dito itinerário complementar e a chuva dá lugar a um tímido sol.

Comecei a consultar o meu mapa mental e o mesmo dizia-me que, a qualquer momento, teria de me posicionar na faixa da direita e sair, algures para a Marginal.

Qual quê...

O visor falante leva-me até à entrada da majestosa Sintra e faz-me contornar a rotunda de Ranholas.

Mais à frente, uma cortada à direita faz-me entrar nas entranhas do Parque Natural de Sintra-Cascais. Pronto, cheguei ao paraíso!

Percorro estradas emolduradas de árvores frondosas e logo me vem à memória aquela prova de orientação feita há alguns (muitos) anos.

Passo na imponente entrada da Penha Longa e vêm-me à memória os muitos trabalhos que aí fiz, a curiosidade da novata a absorver a elegância e os serviços de loiça, as salas palacianas...

Desemboco em Aldeia de Juzo. Como mudou! Neste ponto, vêm-me à memória os churrascos em casa da Helena e as primeiras trocas de olhares tristes...

Mais alguns quilómetros e voz diz-me que chegarei ao meu destino dentro de 90 metros, à direita. Lá está a descrita moradia amarela. Devo estar no sítio certo. Estaciono. Envio as mensagens da praxe: “Cheguei! Beijo!”.

Saio. Na rua, ouço falar inglês. Não há dúvida: cheguei ao destino. 






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