Silêncios

Há o silêncio sensato dos que não sabem,
A contrastar com o ruído dos ignorantes que julgam saber…
Há o silêncio pacificador do momento de reflexão,
Que se opõe à voz que irrompe e interrompe…
Há o silêncio solitário das noites de insónia,
Contra os sons matutinos do buliço da cidade…
Há o silêncio do consentimento e da resignação,
Ao invés do grito e da agressão do verbo…
E há o silêncio mortífero, sem contra-peso,
O silêncio da não-reacção, da não-resposta,
O silêncio-arma que deixa marcas, devagar…

Comentários

Rita disse…
Gostei muito do teu "escrito". O silêncio comunica tanto, mas tanto, que ainda hoje encontro nele o meu melhor confidente.
Ana Bela Cabral disse…
Obrigada por me leres tão assiduamente, Amiga, e por teres sempre a delicadeza de um comentário. Creio que se continuasse a procurar, encontraria mais "tipologias" de silêncio... É certo que, neste pequeno texto, quis dar realce ao "mau silêncio", mas é verdade que, na maioria dos casos, o silêncio é de ouro! Beijo.
Rita disse…
Pois...eu não quis sublinhar o "mau", pois desse estou eu saturada! Bj

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