Esboço de descrição do indescritível

Sei que, neste preciso momento, estás a pensar em mim.
Se aqui estivesses, dirias: "isso não é difícil: estou sempre a pensar em ti. Pergunta-me antes no que penso quando não estou a pensar em ti."
Mas sabes do que falo.
Já tentei por diversas vezes escrever sobre isso. Este isso que nos vincula. Este isso que é tanto; tanta coisa que não cabe aqui, em palavras, porque não tem explicação.
E apesar de não haver palavras que cubram este isso, inventámos a nossa linguagem, o nosso jargão com semântica própria e que ninguém mais entende. Poderá haver alguma prova maior?

Estás no meu passado sem ti. Nesta sensação omnipresente de que sempre exististe em mim. De que não existo sem ti. De que todos estes anos me preparei para nós.

Faz algum sentido?
Tenho a certeza de que para ti fará. Com o tempo, habituámo-nos a entender as conversas de surdos e tontos que costumamos ter, a ler nas entrelinhas, a antever desfechos, a rir de tudo e de nada, a traduzir silêncios, olhares, gestos, sorrisos...

Parecemos duas peças de um puzzle gigante que andaram perdidas em sótãos sombrios diferentes e que hoje encaixam na perfeição e formam um desenho abstrato mas harmonioso.

Faz algum sentido?
Tenho a certeza de que para ti fará.
Caso contrário, resta-me um último (o teu primeiro) recurso. Love is where you are...



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