A Glória de Kubrick e a Voz Feminina

[estou a ouvir “Caro mio ben”, Cecilia Bartoli]

Há dias revi o clássico de Stanley Kubrick, “Horizontes de Glória” (The Paths of Glory, 1957). Embora qualquer semelhança com o mais recente (e último) “De Olhos bem Fechados” seja mera coincidência, temos de admitir que, para um filme daquela época, com os recursos existentes, a genialidade de Kubrick já lá estava. A estratégica escolha de Kirk Douglas para papel principal, o chocante realismo das trincheiras entre corpos estropiados e olhares parados, o fim inesperado… Aliás, levei um certo tempo a entender o fim…
O filme, que retrata a hipocrisia do universo militar da 1.ª Guerra Mundial, tem um final “infeliz”, por oposição a “final feliz”, mas “feliz” porque bem conseguido.
Depois do fuzilamento de 3 soldados franceses, escolhidos para bodes expiatórios (na sequência do fracasso da tomada aos alemães da Colina das Formigas), os seus companheiros de armas, reunidos na caserna, rematam a cena final, de lágrimas nos olhos, comovidos pela tímida e imposta actuação musical de uma jovem refém alemã.
Depois de algumas pesquisas, descobri que aquele final fora, afinal, fruto de uma viragem inesperada ao fim anunciado no guião original. É que Kubrick “descobriu” a jovem, de nome Christiane Harlan, durante as filmagens. Tornou-se a sua terceira mulher e com ela teve 3 filhos.
Bastou uma simples pesquisa no YouTube para encontrar precisamente o que queria:
(ver até ao fim, please!)

Comentários

Rita Nery disse…
Tinha escrito um comentário, enorme por sua vez...mas não foi publicado, manias destas máquinas que me irritam a ponto de as querer atirar pela janela...acabei agora de escrever outro texto que uma simples tecla apagou...
Acredito nos sinais...

Sem comentários!!:))

Beijinhos

Rita Nery
Ana Bela Cabral disse…
Não recebi o comentário. Que pena! Tê-lo-ia, sem dúvida, publicado. Acredite-se ou não em sinais, o filme é tão tocante, o final é tão avassalador que... Bolas! Fiquei sem palavras...
Obrigada pela persistência, por nunca deixar os meus textos sem comentários, Rita!
Beijo!

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