Impressões de um fim-de-semana na Polónia
O voo LH 4545 aterrou no Aeroporto Internacional de Cracóvia sexta-feira passada, por volta das 12:30 locais.
Era a minha estreia na Polónia, mas tínhamos à espera um amigo de longa data.
O Radek foi meu aluno na UCP, em 1999, ao abrigo do acordo de geminação entre a cidade de Viseu e a cidade polaca de Lublin. Desde aí, nunca mais perdemos o contacto: o Radek voltou a Portugal em 2004 e a minha promessa de visitar um dia a Polónia ficou adiada até à passada semana. Ao longo dos anos, tenho sido uma espécie de conselheira profissional. Hoje, o Radek é um dos 13 tradutores-intérpretes de língua portuguesa existentes neste gigantesco país de 38 milhões de habitantes. Num português quase perfeito e com uma desenvoltura oral fora do comum, o Radek serviu-nos de guia neste primeiro dia de visita à Polónia!
Do aeroporto seguimos para uma visita ao Campo de Concentração de Auschwitz. Há muito que projectava essa visita. Mas, por mais que se leia sobre o assunto, se vejam documentários ou revejam filmes como A Lista de Shindler ou O Pianista, o impacto emocional acaba inevitavelmente por ser mais avassalador do que previsto... De nada adianta entrar em pormenores: nenhuma descrição, por mais fiel e completa, traduz este confronto com a crueldade humana. Paragem obrigatória para quem visita a Polónia.
Daí seguimos com destino para Zacopane: uma das maiores cadeias montanhosas de um país por excelência plano. Fizemos uma breve paragem na cidade natal de Karol Wojtyla, Wadowice, onde passeámos na rua onde viveu e degustámos o seu doce preferido. Chegados às montanhas, depois de uma breve subida de teleférico, esperava-nos uma vista idílica, ainda com direito a neve. Passámos por um mercado tradicional onde provámos o queijo de vaca e ovelha fumado típico da região e visitámos a igreja onde o meu amigo Radek casou recentemente com a sua Maia. Acabámos por jantar ainda em Zacopane, num restaurante típico, ao som da música tradicional polaca de um quarteto vestido a rigor. A gastronomia polaca é bem ao meu gosto: condimentada e exótica. Descobri uma raiz branca, muito utilizada na Polónia, mas cujo nome de escapa, a meio caminho entre a mostarda e o gengibre…
De regresso a Cracóvia, já se fazia tarde e o Radek deixou-nos no hotel e seguiu rumo à sua cidade, Lodz. Como o Quim já veio a esta cidade várias vezes em trabalho e o hotel ficava nas imediações da praça do mercado, decidimos tomar o pulso à movida nocturna de Cracóvia. Apesar do cansaço de um dia que já ia longo, foi impossível não ficarmos contagiados com a singular beleza dessa grandiosa praça e com a boa-disposição da juventude polaca. Deambulámos um pouco pela praça e pelas ruas transversais e, claro, saboreámos uma Tyskie (cerveja polaca) fresca.
Se é verdade que, à noite, tudo nos parece envolto em encantamento, voltámos lá no dia seguinte de manhã para eu poder verificar as impressões do dia anterior, em plena luz do dia. Confirmo: a Praça do Mercado de Cracóvia é das praças mais lindas que já vi até hoje. Embora em planos diferentes, poderia comparar o meu deslumbramento ao que senti quando “emergi” na praça de São Marcos ou quando atestei a simetria das ruazinhas de Barcelona.
Bem, mas aguardava-nos outro dia cheio: o casamento da Agnieszka e do Wojciech. O Wojciech é um colega de trabalho do Quim e um apaixonado por Portugal. Foi aliás numa visita ao nosso país que pediu Agnieszka em casamento. Esperava-nos uma festa com tradições algo diferentes das nossas, mas muito animada e alegre que terminou já de madrugada.
No Domingo de manhã, regressámos a Cracóvia na companhia da nossa amiga Dorota para uma última despedida à Praça, onde acabámos por almoçar. Depois de inquirir todas as pessoas que pude, ainda consegui ir a uma discoteca para seleccionar a minha voz feminina da Polónia. Por instantes, fiquei indecisa entre Kayah e Reni Jusis, mas acabei por optar por esta última por causa do piano. Deixo-vos com a minha preferida e com uma selecção (difícil!) de fotos (link: http://picasaweb.google.pt/annebcabral/FimDeSemanaNaPolonia#slideshow/5336865375294486786).
Ficou a promessa de um dia regressarmos, talvez em 2012, para o Europeu… se formos qualificados! ;)
Chegámos a Lisboa por volta das 21:30. O FCP acabava de conquistar mais um título de campeão nacional. Fim-de-semana em cheio, não?!
Era a minha estreia na Polónia, mas tínhamos à espera um amigo de longa data.
O Radek foi meu aluno na UCP, em 1999, ao abrigo do acordo de geminação entre a cidade de Viseu e a cidade polaca de Lublin. Desde aí, nunca mais perdemos o contacto: o Radek voltou a Portugal em 2004 e a minha promessa de visitar um dia a Polónia ficou adiada até à passada semana. Ao longo dos anos, tenho sido uma espécie de conselheira profissional. Hoje, o Radek é um dos 13 tradutores-intérpretes de língua portuguesa existentes neste gigantesco país de 38 milhões de habitantes. Num português quase perfeito e com uma desenvoltura oral fora do comum, o Radek serviu-nos de guia neste primeiro dia de visita à Polónia!
Do aeroporto seguimos para uma visita ao Campo de Concentração de Auschwitz. Há muito que projectava essa visita. Mas, por mais que se leia sobre o assunto, se vejam documentários ou revejam filmes como A Lista de Shindler ou O Pianista, o impacto emocional acaba inevitavelmente por ser mais avassalador do que previsto... De nada adianta entrar em pormenores: nenhuma descrição, por mais fiel e completa, traduz este confronto com a crueldade humana. Paragem obrigatória para quem visita a Polónia.
Daí seguimos com destino para Zacopane: uma das maiores cadeias montanhosas de um país por excelência plano. Fizemos uma breve paragem na cidade natal de Karol Wojtyla, Wadowice, onde passeámos na rua onde viveu e degustámos o seu doce preferido. Chegados às montanhas, depois de uma breve subida de teleférico, esperava-nos uma vista idílica, ainda com direito a neve. Passámos por um mercado tradicional onde provámos o queijo de vaca e ovelha fumado típico da região e visitámos a igreja onde o meu amigo Radek casou recentemente com a sua Maia. Acabámos por jantar ainda em Zacopane, num restaurante típico, ao som da música tradicional polaca de um quarteto vestido a rigor. A gastronomia polaca é bem ao meu gosto: condimentada e exótica. Descobri uma raiz branca, muito utilizada na Polónia, mas cujo nome de escapa, a meio caminho entre a mostarda e o gengibre…
De regresso a Cracóvia, já se fazia tarde e o Radek deixou-nos no hotel e seguiu rumo à sua cidade, Lodz. Como o Quim já veio a esta cidade várias vezes em trabalho e o hotel ficava nas imediações da praça do mercado, decidimos tomar o pulso à movida nocturna de Cracóvia. Apesar do cansaço de um dia que já ia longo, foi impossível não ficarmos contagiados com a singular beleza dessa grandiosa praça e com a boa-disposição da juventude polaca. Deambulámos um pouco pela praça e pelas ruas transversais e, claro, saboreámos uma Tyskie (cerveja polaca) fresca.
Se é verdade que, à noite, tudo nos parece envolto em encantamento, voltámos lá no dia seguinte de manhã para eu poder verificar as impressões do dia anterior, em plena luz do dia. Confirmo: a Praça do Mercado de Cracóvia é das praças mais lindas que já vi até hoje. Embora em planos diferentes, poderia comparar o meu deslumbramento ao que senti quando “emergi” na praça de São Marcos ou quando atestei a simetria das ruazinhas de Barcelona.
Bem, mas aguardava-nos outro dia cheio: o casamento da Agnieszka e do Wojciech. O Wojciech é um colega de trabalho do Quim e um apaixonado por Portugal. Foi aliás numa visita ao nosso país que pediu Agnieszka em casamento. Esperava-nos uma festa com tradições algo diferentes das nossas, mas muito animada e alegre que terminou já de madrugada.
No Domingo de manhã, regressámos a Cracóvia na companhia da nossa amiga Dorota para uma última despedida à Praça, onde acabámos por almoçar. Depois de inquirir todas as pessoas que pude, ainda consegui ir a uma discoteca para seleccionar a minha voz feminina da Polónia. Por instantes, fiquei indecisa entre Kayah e Reni Jusis, mas acabei por optar por esta última por causa do piano. Deixo-vos com a minha preferida e com uma selecção (difícil!) de fotos (link: http://picasaweb.google.pt/annebcabral/FimDeSemanaNaPolonia#slideshow/5336865375294486786).
Ficou a promessa de um dia regressarmos, talvez em 2012, para o Europeu… se formos qualificados! ;)
Chegámos a Lisboa por volta das 21:30. O FCP acabava de conquistar mais um título de campeão nacional. Fim-de-semana em cheio, não?!
Comentários
De qualquer modo, levo-te sempre comigo, mas não na mala...
Beijo!