A Morte de um Blogue
Fui hoje surpreendida com a notícia da remoção de um dos blogues que ia acompanhando e comentando assiduamente.
O blogue em questão era o Ad-Lectorem da minha grande amiga Rita. Um blogue essencialmente dedicado aos seus alunos e ao seu ofício de professora. À primeira vista, o tema pode não me dizer muito, mas, na verdade, seguia o referido blogue não apenas pela amizade que me une à autora. Numa época em que o queixume parece ser o primeiro desporto nacional, este blogue era um exemplo de positividade e de persistência. Nunca ouvi a Rita queixar-se dos 400 km diários de curvas e contra-curvas que a separam do seu local de trabalho. Nunca ouvi a Rita insultar a ministra da educação ou criticar a avaliação dos professores. Sempre que ouvi a Rita falar do seu trabalho foi com um sorriso nos lábios e para se referir ao carinho que tem pelos alunos e colegas.
“Alimentar” um blogue pode, no entanto, ser um jogo perigoso cujas regras nem sempre são entendidas da mesma forma por todas as partes envolvidas (autor, seguidores, leitores esporádicos ou acidentais). É uma exposição arriscada. Um pacto de não silêncio. Uma partilha que escapa ao nosso controlo para encarnar os ensejos de quem lê.
Respeito os motivos que levaram a minha amiga Rita a “matar” (expressão da própria) o seu blogue, mas fico triste por – mais uma vez - ter vencido a resignação.
Esta música é para ti, Rita. Porque levamos sempre algum tempo a entender…
O blogue em questão era o Ad-Lectorem da minha grande amiga Rita. Um blogue essencialmente dedicado aos seus alunos e ao seu ofício de professora. À primeira vista, o tema pode não me dizer muito, mas, na verdade, seguia o referido blogue não apenas pela amizade que me une à autora. Numa época em que o queixume parece ser o primeiro desporto nacional, este blogue era um exemplo de positividade e de persistência. Nunca ouvi a Rita queixar-se dos 400 km diários de curvas e contra-curvas que a separam do seu local de trabalho. Nunca ouvi a Rita insultar a ministra da educação ou criticar a avaliação dos professores. Sempre que ouvi a Rita falar do seu trabalho foi com um sorriso nos lábios e para se referir ao carinho que tem pelos alunos e colegas.
“Alimentar” um blogue pode, no entanto, ser um jogo perigoso cujas regras nem sempre são entendidas da mesma forma por todas as partes envolvidas (autor, seguidores, leitores esporádicos ou acidentais). É uma exposição arriscada. Um pacto de não silêncio. Uma partilha que escapa ao nosso controlo para encarnar os ensejos de quem lê.
Respeito os motivos que levaram a minha amiga Rita a “matar” (expressão da própria) o seu blogue, mas fico triste por – mais uma vez - ter vencido a resignação.
Esta música é para ti, Rita. Porque levamos sempre algum tempo a entender…
Comentários
Sinto-me paradoxalmente estranha: divide-me o desejo de me libertar das raízes que me ligam com força aos alunos ou de persistir e lutar contra esta minha postura de desisitir "de cousa começada" (como dizia Marte a Júpiter!). Magoei algumas pessoas pelo gesto que tive, mas saí magoada várias vezes por esperar a excelência em todo o lado, quando sabemos que isso é puro lirismo e defeito da minha pessoa. Repenso renascer o meu blog. Fá-lo-ei POR TI, pela minha filha e por alguns alunos que o merecem...
Obrigada por seres especial!