Tonya Baker: a voz divina

Este ano, não podia deixar passar a oportunidade: já seria a terceira vez que falharia La Nuit du Gospel, em Biarritz. Não há desculpas, até estamos hospedados num hotel da Place Sainte Eugénie, bem no coração da cidadezinha basca, e a “cabeça de cartaz” é imperdível: Tonya Baker.
Todos os anos, e pelo 7.º ano consecutivo, a produtora LMI leva a 100 cidades francesas La Nuit du Gospel, dando a conhecer o melhor do Gospel americano. Este ano em Biarritz coube a vez a Tonya Baker a aos The Divinity Gospel Singers. O local é igualmente emblemático: a imponente igreja de Sainte Eugénie, defronte para o mar e para o Rochedo da Virgem.
Foi a minha estreia num concerto de Gospel ao vivo. As minhas referências eram eminentemente televisivas e estandardizadas. Estava à espera de ver o altar invadido por duas ou três dezenas de embatinados negros… Enganei-me. Entraram 3 músicos: teclas, percussão e viola. Entrou a elegantíssima Tonya Baker no seu normalíssimo, mas não menos elegantíssimo, vestido preto, acompanhada do seu coro, os The Divinity Gospel Singers, de 3 elementos (1 soprano, um tenor e… Carlynn Herring).
O que se seguiu foi um espectáculo de duas horas onde a energia, contagiante, parecia não esgotar e onde a noção de tempo e de espaço se esvaneceu como que por… inspiração divina!
Adorei os momentos à capela de Tonya e a interpretação a solo de Carlynn Herring (meu Deus, com “d” maiúsculo, que vozeirão!). Teria apreciado que o número de palmas a marcar o estonteante ritmo fosse creditado aos momentos vocais mais “sonoros”, mas a simpatia e a jovialidade de Tonya Baker e cia. fez-me perdoar o desequilíbrio.
Aqui fica um “cheirinho” da grande Tonya, a capela, para bem apreciar o poderio vocal. Enjoy it!

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