Garagem Atlântico
Há 15 anos que não entrava lá.
Cheguei ao balcão da Transdev na vetusta e degradada “Garagem Atlântico”, Porto, por volta das 13:20.
As colunas de som debitavam em catadupa os destinos dos autocarros já estacionados nos respectivos cais. Imperceptível. O som era tão mau que dei por mim a explorar visualmente os tectos do local à procura das ditas colunas, na subconsciente esperança de uma ligação directa entre canal auditivo e visual.
- Boa tarde. A que horas sai o próximo Expresso para Viseu, por favor?
- Às 14:00, menina.
- Então, é um bilhete para Viseu no próximo Expresso, por favor. – peço eu estendendo o cartão Multibanco.
- Esses cartões aqui não prestam. – responde-me o funcionário através do círculo sem vidro e apontando para um autocolante que indica que os pagamento por Multibanco não são aceites…
- Tem ali a coisa… - prossegue, apontando para a caixa Multibanco implantada a uns 10 metros.
- Ah… OK. Então já venho…
Enquanto levanto dinheiro, tento novamente descodificar os destinos, sem êxito.
- É então um bilhete para Viseu, por favor.
- Bilhete normal?
- Sim, bilhete normal… A que horas chega a Viseu?
- Às 16:00, menina.
- Viseu é a estação terminal?
- Como?
- Viseu é a estação terminal?
- Sim, menina, Viseu tem uma central de camionagem. Bem grande, por sinal!
- Pois… Eu sei…
Não estivesse eu atenta e tivesse eu esperado pelo autocarro com a plaquinha a dizer “Viseu”, ainda lá estava a esta hora… O conceito de “estação terminal” ainda não chegou a todos…
Enquanto espero pelo autocarro, retomo o meu exercício de apuramento auditivo. Estava eu a pensar «Devo estar cansada. Afinal, há 2 dias que ando com auscultadores enfiados nos ouvidos…», quando passam duas raparigas a comentar que o sistema de som estava cada vez pior e que não se percebia nada.
OK! Ufa, desisto !
Nota: Raramente abro aqui espaço a vozes masculinas, mas achei o tema apropriado e a intervenção da Isabel Silvestre (por sinal, da terra onde há uma “grande central de camionagem”) vale pelo todo.
Cheguei ao balcão da Transdev na vetusta e degradada “Garagem Atlântico”, Porto, por volta das 13:20.
As colunas de som debitavam em catadupa os destinos dos autocarros já estacionados nos respectivos cais. Imperceptível. O som era tão mau que dei por mim a explorar visualmente os tectos do local à procura das ditas colunas, na subconsciente esperança de uma ligação directa entre canal auditivo e visual.
- Boa tarde. A que horas sai o próximo Expresso para Viseu, por favor?
- Às 14:00, menina.
- Então, é um bilhete para Viseu no próximo Expresso, por favor. – peço eu estendendo o cartão Multibanco.
- Esses cartões aqui não prestam. – responde-me o funcionário através do círculo sem vidro e apontando para um autocolante que indica que os pagamento por Multibanco não são aceites…
- Tem ali a coisa… - prossegue, apontando para a caixa Multibanco implantada a uns 10 metros.
- Ah… OK. Então já venho…
Enquanto levanto dinheiro, tento novamente descodificar os destinos, sem êxito.
- É então um bilhete para Viseu, por favor.
- Bilhete normal?
- Sim, bilhete normal… A que horas chega a Viseu?
- Às 16:00, menina.
- Viseu é a estação terminal?
- Como?
- Viseu é a estação terminal?
- Sim, menina, Viseu tem uma central de camionagem. Bem grande, por sinal!
- Pois… Eu sei…
Não estivesse eu atenta e tivesse eu esperado pelo autocarro com a plaquinha a dizer “Viseu”, ainda lá estava a esta hora… O conceito de “estação terminal” ainda não chegou a todos…
Enquanto espero pelo autocarro, retomo o meu exercício de apuramento auditivo. Estava eu a pensar «Devo estar cansada. Afinal, há 2 dias que ando com auscultadores enfiados nos ouvidos…», quando passam duas raparigas a comentar que o sistema de som estava cada vez pior e que não se percebia nada.
OK! Ufa, desisto !
Nota: Raramente abro aqui espaço a vozes masculinas, mas achei o tema apropriado e a intervenção da Isabel Silvestre (por sinal, da terra onde há uma “grande central de camionagem”) vale pelo todo.
Comentários
Sabes, acabei por subir as escadas todas... ;)
Bj
Beijo grande