Uberistas 1

Mudam-se os tempo, mudam-se as profissões. Nos últimos tempos, converti-me aos uberistas e confesso-me rendida. É como ter um James (o Ambrósio já deve estar reformado) à porta dos sítios de Lisboa onde me movo.
São educados, igualmente faladores e, no último Natal, um deles até me ofereceu um Ferrero Rocher. Ah! E são multifunções.
Hoje, foi assim:
- A Menina está mesmo carregada!...
- Não me diga nada...
- Aposto que são alergias...
- Também...
- Está a tomar alguma coisa?
- Sim, para a gripe. E pastilhas para a garganta.
- Não está a tomar nada para as alergias?!
- Ocasionalmente, tomo o Cetix, quando estou muito aflita.
- Isso não faz nada! Tem de tomar o Zyrtec!
- Ui! O Zyrtec põe-me a dormir... Estou cá em trabalho; tenho de estar concentrada...
- Mas agora há um novo, um Zyrtec que é mais fraco. Devia experimentar.
- Sim, talvez experimente...
- Olhe que eu sei o que é isso! Sofro imenso também. Até que descobri este novo Zyrtec. Também sou massagista e entendo um bocado dessas coisas.
[Ultimamente, só me saem uberistas que têm outra atividade em paralelo. Um dos últimos era quiroprático. Afinal, não deve ser muito prático ser uberista...] 
E continuou:
- Tem de dormir com duas almofadas. E pôr um bocadinho de Vick à volta do nariz.
E já estava a entregar-me a mala quando rematou:
- Logo à noite, antes de ir para a cama, ponha os pés em água morna!
Nunca tal ouvira.
Aprende-se sempre alguma coisa com os uberistas.

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