Sobre a beleza do que lemos


Não tenho a pretensão de escrever recensões de livros ou exprimir a minha opinião sobre a qualidade de uma obra ou do seu autor.
Não tenho – nunca terei – a bagagem livresca e extra-livresca que tais exercícios impõem. 
Prefiro deixar-me tocar imparcialmente pelos livros e tentar (será sempre uma tentativa...) exprimir o que a sua leitura suscitou em mim, as sensações e emoções.
Gosto genuinamente de José Tolentino Mendonça. Da sua simplicidade. Da sua humildade. Da clareza que ele me traz a temas para mim complexos (ao jeito de Morin), nomeadamente, espirituais.
A forma despretensiosa com a qual escreve, também em outros livros, sobre o amor, a amizade, os sentidos, a fé.
Encontro na leitura de Tolentino Mendonça o mesmo tipo de espanto que sempre encontro na leitura de S. Mateus. A minha fé sai sempre reforçada de um livro de JTM. Eu saio grata.
Além do mais, o autor encontra, com os aforismos, uma fórmula cativante de falar com os mais céticos, os mais imediatistas.
Aprecio especialmente os livros que me põem à procura, me levam à indagação.
Poderia partilhar várias passagens, mas, esta, de alguma forma resume o meu sentimento atual: “O espanto desarruma e dói. Mas o amor, o conhecimento, a poesia ou a santidade principiam com ele”.
Obrigada José Tolentino Mendonça.

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